terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Paulistanos vão ao bar para ver Jogos de Inverno

Competições em Vancouver também são atração em restaurantes

Felipe Maia, do R7

Daia Oliver/R7Foto por Daia Oliver/R7
Em lanchonetes é possível assistir às partidas de Vancouver sob a "proteção"
do ar condicionado, algo muito útil para a atual temperatura de São Paulo

Acostumados a exibir jogos de futebol, bares e restaurantes de São Paulo agora exibem atletas que usam esquis, patins e trenós, em vez de uma bola. Os Jogos Olímpicos de Inverno, disputados em Vancouver (Canadá), viraram a companhia de quem almoça ou faz um happy hour nesses locais.

Nesta segunda-feira (22), a reportagem do R7 conversou com o engenheiro Alex Kaltner, de 28 anos, enquanto ele tomava um suco em um bar da região da avenida Paulista e assistia às competições de esqui dos Jogos. Kaltner diz que ficou interessado nessa modalidade e também no snowboard cross, que teve a participação da brasileira Isabel Clark – na prova, os atletas disputam uma corrida em um terreno íngreme e têm que superar saltos e obstáculos para chegar ao fim antes dos rivais.

– É algo muito diferente do que nós estamos acostumados, já que estamos em um país tropical. Mas é interessantíssimo.

Os brasileiros também começam a se acostumar com os esportes do gelo, mesmo que ainda não saibam exatamente os nomes de cada prova.

Clayton Santos, maître de uma lanchonete que costuma exibir os jogos à tarde, dá sua própria definição para ocurling, modalidade em que um disco (chamado de "pedra") é lançado sobre uma pista e dois competidores saem "varrendo" o gelo que fica à frente. O objetivo é que o disco pare dentro de um alvo no final da pista.

– Outro dia nós ficamos aqui assistindo ao esporte em que aqueles doidinhos jogam com uma vassourinha.

Já o gerente de lanchonete Alexandre Lhopis diz que o esporte preferido dos clientes é o que usa “carrinhos no gelo” – referência ao bobsled, em que os competidores descem uma pista de gelo montados em um trenó. Ganha a disputa quem descer mais rápido.

Outros espectadores já têm mais vivência com os Jogos de Inverno e tiveram tempo de criar gosto por alguns esportes e até rejeição por outros. Diamantino Fernandes, de 73 anos, diz que “há anos” acompanha as provas de patinação artística, mas não gosta do hóquei no gelo, em que os atletas tentam fazer gols usando um disco (chamado de puck) e tacos, por considerá-lo violento. Nessa modalidade, o contato físico é constante e é comum ver cenas mais duras entre os jogadores.

– Eu gosto muito de esporte, acompanho de tudo, desde o que é disputado na areia até o que é feito no gelo. Mas acho o hóquei violento para caramba.

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Terremoto de 4,7 graus atinge Haiti e cria pânico

Epicentro do temor foi próximo à capital, Porto Príncipe; não há registro de danos

EFE

Carlos Barria/23.fev.2010/ReutersFoto por Carlos Barria/23.fev.2010/Reuters
Moradores caminham pelas ruas de Porto Príncipe, no Haiti; terremoto
de 4,7 graus na escala Richter assustou população nesta terça-feira

Um terremoto de 4,7 graus na escala Richter atingiu uma área próxima a Porto Príncipe, capital do Haiti, nesta terça-feira (23).

Até agora, não houve registro de danos, mas testemunhas relataram cenas de pânico entre a população que já sofre com os efeitos do grande terremoto de 12 de janeiro.

Segundo informou o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS) em seu site, o terremoto foi registrado à 1h26 local (3h26 de Brasília) e teve seu epicentro 35 km a sudoeste da capital haitiana.

O tremor foi seguido, dez minutos depois, por outra réplica (terremoto secundário), cuja intensidade não foi especificada.

Em vários bairros da capital, os habitantes acordaram assustados e gritando. Em Peguyville, setor da periferia leste de Porto Príncipe, o morador Carius explicou à agência Efe que as pessoas estavam desesperadas e saíram correndo de suas casas:

- Fiquei acordado até alta madrugada.

Carius acrescentou que esses tremores assustam ainda mais seu filho de 8 anos, que desde o terremoto de 12 de janeiro já não consegue mais dormir em lugares fechados.

Nesta segunda-feira (22), dois outros tremores nas proximidades da capital haitiana também causaram pânico entre a população.

Cerca de 130 réplicas foram registradas no país desde o terremoto de janeiro passado, que deixou 217 mil mortos e incalculáveis danos materiais.

O escritório de Minas e Energia local prevê que as réplicas continuem durante todo o ano e, por isso, pediu à população que abandone as construções que apresentem rachaduras e fendas.

O governo informou ontem que três estações sísmicas foram instaladas no país para registrar os tremores de terra que se manifestam depois do terremoto principal.

Os aparelhos foram posicionados em Juvenat, periferia sul da capital, em Leogane, no oeste, epicentro do terremoto de janeiro, e em Jacmel, no sudeste, que foi também seriamente afetada, afirmou o ministro do Meio Ambiente do Haiti, Jean Marie Claude Germain.

Segundo o ministro, as estações, que foram estabelecidas com a cooperação do Canadá, têm capacidade de registrar tremores de magnitude de 0 a 4 graus na escala Richter.

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PM aceita pedido e BBB Anamara deixa de ser policial

A sentença foi publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia desta terça (23)

Do R7

Arquivo PessoalFoto por Arquivo Pessoal
Anamara poderia ter sido presa por deserção

A sister Anamara não é mais policial militar na Bahia. A corporação aceitou o pedido de exoneração feito no começo do mês pelo advogado Wank Medrado e por sua procuradora Amanda Monteiro.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia desta terça-feira (23).

Caso o pedido de exoneração não fosse feito, Maroca poderia ter sido presa por ser considerada desertora, já que não voltou ao trabalho no último dia 2.

Veja abaixo a decisão publicada no Diário Oficial:

COMANDO-GERAL
O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA, no uso de suas atribuições contidas na Lei n.º 7.990, de 27 Dez 01,

RE SOLVE:

PORTARIA n.º CAP-SIP/002/01/2010, de 04/02/2010
exonerar, a pedido, à vista do Processo n.º 0504100012390, do cargo de Soldado Primeira Classe, do Quadro de Praças Policiais Militares, a Sd 1ª Cl PM ANAMARA CRISTIANE DE BRITO BARREIRA, Mat 30.480.086-1, da 25ª CIPM/Casa Nova, nos termos dos artigos 185, inciso I e 186, § § 1º, 3º e 4º da Lei Estadual n.º 7.990, de 27 Dez 01, a contar de 02 Fev 10.

NILTON RÉGIS MASCARENHAS – Cel PM


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Ministério Público se negou a ouvir caso do jovem envolvido na morte de João Hélio, diz ODH

Juiz decidirá nesta quarta permanência do adolescente no programa de proteção

Camila Ruback, do R7, no Rio

Reprodução internetFoto por Reprodução internet
João Hélio foi arrastado por sete quilômetros preso ao cinto de segurança em 2007

O coordenador-executivo da ODH (Organização de Direitos Humanos) Projeto Legal, advogado Carlos Nicodemos, disse no início da tarde desta terça-feira (23) ao R7 que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro se negou a ouvir o jovem envolvido no assassinato do menino João Hélio, bem como a família dele.

- Dois advogados da ODH foram até o plantão judiciário no sábado (20) com uma petição para que o Ministério público ouvisse o jovem e a família dele. A promotora de plantão não quis nem receber os advogados e negou a petição. Com isso, nós a publicamos na Ouvidoria no site do Ministério Público. Tentamos ser recebidos mais uma vez no domingo (21), mas novamente recebemos um não da Promotoria. A justificativa foi que já havia uma audiência marcada sobre o assunto.

Nicodemos disse que esta audiência será às 13h desta quarta-feira (24), no Tribunal de Justiça. Estarão presentes o jovem, a família dele, o juiz, as promotoras envolvidas no caso e ele. Na ocasião será apresentado um laudo do programa de proteção com uma avaliação psicosocial do rapaz que participou da morte de João Hélio. Segundo Nicodemos, o juiz então decidirá sobre a permanência ou não do rapaz no programa. Ele pode ainda pedir novas avaliações.

Ameaças de morte

O advogado contou também que foi a família do rapaz que procurou a ODH Projeto Legal, assim que soube que o parente seria liberado pela Justiça, e pediu que ele fosse incluído provisóriamente Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte, sob a coordenação da Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo federal.

A ODH então apresentou o pedido ao juiz Marcius da Costa Ferreira, da 2ª Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro - que concedeu o regime de semiliberdade ao adolescente no último dia 10. Este mesmo juiz autorizou o ingresso dele no programa de proteção. Com isso, o rapaz passou a ficar sob a responsabilidade da ODH, que é parceira da secretaria, e não se apresentou à institutição onde cumpria medida socioeducativa para passar as noites.

O Ministério Público, no entanto, alega que não foi comunicado oficialmente sobre a inclusão do jovem no programa de proteção e, por isso, as promotoras Denise Geraci e Maria Cristina Magalhães, da Promotoria de Execução de Medidas Socioeducativas, pediram a expedição de um mandado de busca e apreensão por considerar o rapaz foragido.

Crime bárbaro

Na noite de 7 de fevereiro de 2007, João Hélio, a mãe e a irmã de 13 anos seguiam pela avenida João Vicente, em Oswaldo Cruz, quando foram abordados por cinco homens, entre eles um menor de 15 anos, que pretendiam roubar o Corsa Sedam da família.

Mãe e filha, que estavam nos bancos da frente, saíram do carro e tentaram retirar o cinto de segurança de João Hélio, que estava no banco de trás. Os bandidos, no entanto, arrancaram com o veículo e a criança ficou pendurada pelo acessório do lado de fora do carro.

Ele foi arrastado por sete quilômetros, passando por várias ruas dos bairros de Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura. Passaram ainda em frente a um quartel do Corpo de Bombeiros, um fórum de Justiça, um quartel do Exército e dois bares. As pessoas na rua gritavam e acenavam desesperadas para que o carro parasse, mas os ladrões ignoraram.

Eles abandonaram o veículo com restos do corpo da criança presos ao cinto e às ferragens, na rua Caiari, em Madureira, e fugiram por uma escadaria. Todos acabaram presos no dia seguinte e disseram não saber que o menino estava sendo arrastado.

Os quatro maiores estão presos no Rio de Janeiro. Eles foram condenados em janeiro de 2008 a cumprirem penas que variam de 39 a 45 anos de prisão. O menor cumpriu medida socioeducativa durante três anos e foi solto no último dia 10. A imprensa carioca chegou a especular que ele havia viajado para a Suíça com a ajuda de uma ONG (Organização Não Governamental), mas a informação foi desmentida.

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